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Por Aline Forattini 24 de setembro de 2019
Comida de verdade na Gestação Quem busca saúde certamente já ouviu esta frase - "comida de verdade". Ela é utilizada por muitos que praticam, que advogam e por muitos que almejam este estilo de vida. E o que seria exatamente o tal da "comida de verdade?" Comida de verdade é toda aquele que se aproxima ao máximo da sua versão original - são as verduras, os legumes e as frutas que compramos na feira - que estão em época, que foram plantadas sem pesticidas e em ambientes que favorecem a densidade nutricional. Comida de verdade são aquelas pouco processadas - elas se assemelham a sua versão encontradas na natureza. Comida que contem gordura natural, carboidratos complexos e fibras. Esquecem as versões "light e diet" - Deus não deve ter tido estas palavras no seu vocabulário rsrs Comida de verdade geralmente não vem em caixas, não tem uma descrição de sua constituição nutricional. De forma geral - comida de verdade é aquela que a gente econtra na feira! A galinha caipira que foi criada ciscando a terra e comendo insetos, o boi que passou a vida passeando pelos pastos, o porco que teve a oportunidade de criar seus filhotes soltos. São as frutas e verduras plantadas pelo Seu José la nas montanhas capixabas. É o queijo feito pelas vacas de Domingos Martins. Comer comida de verdade não é essencial apenas para a sua saúde e para a saúde do bebê que você está gerando - é também importantíssimo para a preservação do nosso planeta. Consumir estes produtos promove o crescimento de uma indústria sustentável e ecologicamente correta - e todos nós temos a obrigação de promover isto não é ?
Por Dra. Aline Forattini 15 de junho de 2019
f"Doutora, até quando podemos aguardar o bebê nascer ?" Esta é uma pergunta que recebo muito no consultório. O medo do "bebê passar da hora" é muito comum entre as brasileiras, então vamos aos fatos! Uma gestação normal pode durar entre 37 e 42 semanas, sendo que a partir de 39 semanas que classificamos o bebê como à termo a partir de 39 semanas. Salve casos de alto risco, aguardar um trabalho de parto espontâneo até 42 semanas em uma gestação de risco habitual é o recomendado pela Sociedade Americana de Obstetrícia e Ginecologia (ACOG). E quando que o parto ocorre: Segundo ACOG, 60 % das gestantes entram em trabalho de parto entre 39 e 41 semanas de gestação, sendo que 30 % dos partos ocorrem na 40° semana e 15 % ocorrem entre 41 e 42 semanas O que isto significa? Que temos que esperar, ter paciência, relaxar rsrs. Saber se está encaixado, se já tem alguma dilatação, se a barriga está alta ou baixa....nada disso vai predizer quando que o parto irá ocorrer๐Ÿ˜ช๐Ÿ˜ช. A hora do bebê só ele decide Como โ“ Existe a teoria do "relógio placentário" - ela defende que a hora do parto é determinada principalmente pela placenta. Ela é a responsável pela liberação de Fator liberador de corticotropina placentaria que por sua vez, atua estimulando a liberação de cortisol fetal e permite uma melhor ação da oxitocina, prostaglandinas e catecolaminas ๐Ÿค“๐Ÿค“๐Ÿ“š๐Ÿ“š. E para as ansiosas de plantão? E para àquelas que querem uma ajudinha na reta final para fugir da indução medicamentosa?? - Atividade sexual (desde que não contra-indicada), atividade física ๐ŸŠ‍โ™€๏ธ๐Ÿšด‍โ™€๏ธ๐Ÿคธ‍โ™€๏ธ๐Ÿคพ‍โ™€๏ธ, acupuntura e outras coisinhas mais ๐Ÿ’–.
Por Dra. Aline 7 de abril de 2019
A Síndrome de Ovário Policístico (SOP) é considerada a endocrinopatia mais comum entre as mulheres, acometendo entre 5 - 12 % delas. É caracterizada classicamente por oligomenorréia (intervalo entre os ciclos menstruais maior que 35 dias) ou amenorréia (ausência de menstruação por período maior que 6 meses) associado a sinais clínicos ou laboratoriais de hiperandrogenismo (aumento de hormônios masculinos). Em até 85 % dos casos a SOP está associada a obesidade e resistência insulínica, o que aumenta as chances destas mulheres de desenvolverem diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares (hipertensão, aterosclerose), esteato-hepatite não-alcóolica (NASH), apneia do sono, infertilidade e câncer de endométrio. Com tanta repercussão ruim possível, é de suma importância que o diagnóstico desta doença seja feita de forma precoce e correta - somente assim teremos possibilidade de cura. Os Critérios de Rotterdam foram revisados em 2004 e ficou definido então que para o diagnóstico de SOP seria necessário a presença de 2 das 3 características abaixo descritos: Critérios revisados em 2004 (2 de 3) 1. Oligomenorréia e/ou anovulação 2. Sinais clínicos e/ou bioquímicos de hiperandrogenismo, excluindo outras etiologias de hiperandrogenismo como hiperplasia congênita adrenal, tumores secretores de androgênios e síndrome de Cushing 3. Ovários policísticos caracterizados pelo exame ultra-sonográfico padronizado, ou seja, presença de pelo menos um dos seguintes achados: 12 ou mais folículos medindo entre 2-9 mm de diâmetro ou volume ovariano aumentado (>10 cm3) Nota importante!! Um laudo que descreve "padrão micropolicístico" em um ultrassom de uma mulher em outros sinais/sintomas não fecha o diagnóstico de SOP!! Bom, já definirmos o que é oligomenorréia, agora como vamos avaliar o hiperandrogenismo? O excesso de hormônio masculino determina algumas alterações no corpo da mulher - pele oleosa, acneica - alopécia androgenética - aumento do clitóris - voz "grossa" - pilificação com distribuição masculina (parede torácica, abaixo do umbigo, ao redor da aréola, supra e infra labial) - o que pode ser melhor avaliado pela escala Ferriman-Gallwey. Temos então o diagnóstico, como faremos o tratamento?? Lembrando que a maioria das pacientes com SOP apresentam quadro de obesidade e/ou resistência insulínica, o tratamento tem como pilar a mudança de estilo de vida (atividade física e alimentação balanceada). De nada adianta fazer o tão popular "uso do anticoncepcional selene" se não houver mudança de estilo de vida, pois é através da perda de peso e do aumento da massa magra que iremos obter a cura da doença! Então por qual razão muitos médico prescrevem o anticoncepcional?? - Estes medicamentos podem ser utilizados em mulheres que não desejam engravidar e que apresentam quadro de hiperandrogenismo. A longo prazo (geralmente após 90 a 180 dias) o uso do anticoncepcional irá melhorar a qualidade da pele, diminuindo a oleosidade e acne, melhorar o excesso de pelos e até diminuir a queda capilar. Mas no caso de a mulher não perder peso e não iniciar uma atividade física, basta suspender o anticoncepcional que todo o quadro inicial irá retornar :/ A perda de peso associada a cura é de apenas 5 - 10 % do peso inicial, com isto já observamos uma melhora da irregularidade menstrual e do hiperandrogenismo. Para as pacientes que desejam engravidar a mudança de estilo de vida é ainda mais importante! É através dela que iremos também aumentar as chances desta paciente engravidar, diminuir as chances de abortamento, de desenvolvimento de doenças durante a gestação... E para aquelas que não querem engravidar e também não querem fazer uso de anticoncepcional, há opções de tratamento medicamentoso para o hirsutismo e a alopécia androgenética - por exemplo a aldosterona e a finasterida. Se você já recebeu este diagnóstico um dia ou conhece alguém que recebeu, bora dar aquela caminhada na praia! Pensa em substituir o pão branco pelo ovo caipira, procura um nutricionista de sua confiança e uma médica para te acompanhar :) Um beijo para vocês lindonas :)