Síndrome de Ovários Policísticos

Dra. Aline • 7 de abril de 2019

Como saber se você tem ??

A Síndrome de Ovário Policístico (SOP) é considerada a endocrinopatia mais comum entre as mulheres, acometendo entre 5 - 12 % delas. É caracterizada classicamente por oligomenorréia (intervalo entre os ciclos menstruais maior que 35 dias) ou amenorréia (ausência de menstruação por período maior que 6 meses) associado a sinais clínicos ou laboratoriais de hiperandrogenismo (aumento de hormônios masculinos).
Em até 85 % dos casos a SOP está associada a obesidade e resistência insulínica, o que aumenta as chances destas mulheres de desenvolverem diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares (hipertensão, aterosclerose), esteato-hepatite não-alcóolica (NASH), apneia do sono, infertilidade e câncer de endométrio. Com tanta repercussão ruim possível, é de suma importância que o diagnóstico desta doença seja feita de forma precoce e correta - somente assim teremos possibilidade de cura.
Os Critérios de Rotterdam foram revisados em 2004 e ficou definido então que para o diagnóstico de SOP seria necessário a presença de 2 das 3 características abaixo descritos:

Critérios revisados em 2004 (2 de 3)

1. Oligomenorréia e/ou anovulação
2. Sinais clínicos e/ou bioquímicos de hiperandrogenismo, excluindo outras etiologias de hiperandrogenismo como hiperplasia congênita adrenal, tumores secretores de androgênios e síndrome de Cushing
3. Ovários policísticos caracterizados pelo exame ultra-sonográfico padronizado, ou seja, presença de pelo menos um dos seguintes achados: 12 ou mais folículos medindo entre 2-9 mm de diâmetro ou volume ovariano aumentado (>10 cm3)


Nota importante!! Um laudo que descreve "padrão micropolicístico" em um ultrassom de uma mulher em outros sinais/sintomas não fecha o diagnóstico de SOP!!

Bom, já definirmos o que é oligomenorréia, agora como vamos avaliar o hiperandrogenismo?

O excesso de hormônio masculino determina algumas alterações no corpo da mulher

- pele oleosa, acneica

- alopécia androgenética

- aumento do clitóris

- voz "grossa"

- pilificação com distribuição masculina (parede torácica, abaixo do umbigo, ao redor da aréola, supra e infra labial) - o que pode ser melhor avaliado pelaescala Ferriman-Gallwey.

Temos então o diagnóstico, como faremos o tratamento??

Lembrando que a maioria das pacientes com SOP apresentam quadro de obesidade e/ou resistência insulínica, o tratamento tem como pilar a mudança de estilo de vida (atividade física e alimentação balanceada). De nada adianta fazer o tão popular "uso do anticoncepcional selene" se não houver mudança de estilo de vida, pois é através da perda de peso e do aumento da massa magra que iremos obter a cura da doença!

Então por qual razão muitos médico prescrevem o anticoncepcional?? - Estes medicamentos podem ser utilizados em mulheres que não desejam engravidar e que apresentam quadro de hiperandrogenismo. A longo prazo (geralmente após 90 a 180 dias) o uso do anticoncepcional irá melhorar a qualidade da pele, diminuindo a oleosidade e acne, melhorar o excesso de pelos e até diminuir a queda capilar. Mas no caso de a mulher não perder peso e não iniciar uma atividade física, basta suspender o anticoncepcional que todo o quadro inicial irá retornar :/

A perda de peso associada a cura é de apenas 5 - 10 % do peso inicial, com isto já observamos uma melhora da irregularidade menstrual e do hiperandrogenismo.

Para as pacientes que desejam engravidar a mudança de estilo de vida é ainda mais importante! É através dela que iremos também aumentar as chances desta paciente engravidar, diminuir as chances de abortamento, de desenvolvimento de doenças durante a gestação...

E para aquelas que não querem engravidar e também não querem fazer uso de anticoncepcional, há opções de tratamento medicamentoso para o hirsutismo e a alopécia androgenética - por exemplo a aldosterona e a finasterida.

Se você já recebeu este diagnóstico um dia ou conhece alguém que recebeu, bora dar aquela caminhada na praia! Pensa em substituir o pão branco pelo ovo caipira, procura um nutricionista de sua confiança e uma médica para te acompanhar :)

Um beijo para vocês lindonas :)



Por Aline Forattini 24 de setembro de 2019
Comida de verdade na Gestação Quem busca saúde certamente já ouviu esta frase - "comida de verdade". Ela é utilizada por muitos que praticam, que advogam e por muitos que almejam este estilo de vida. E o que seria exatamente o tal da "comida de verdade?" Comida de verdade é toda aquele que se aproxima ao máximo da sua versão original - são as verduras, os legumes e as frutas que compramos na feira - que estão em época, que foram plantadas sem pesticidas e em ambientes que favorecem a densidade nutricional. Comida de verdade são aquelas pouco processadas - elas se assemelham a sua versão encontradas na natureza. Comida que contem gordura natural, carboidratos complexos e fibras. Esquecem as versões "light e diet" - Deus não deve ter tido estas palavras no seu vocabulário rsrs Comida de verdade geralmente não vem em caixas, não tem uma descrição de sua constituição nutricional. De forma geral - comida de verdade é aquela que a gente econtra na feira! A galinha caipira que foi criada ciscando a terra e comendo insetos, o boi que passou a vida passeando pelos pastos, o porco que teve a oportunidade de criar seus filhotes soltos. São as frutas e verduras plantadas pelo Seu José la nas montanhas capixabas. É o queijo feito pelas vacas de Domingos Martins. Comer comida de verdade não é essencial apenas para a sua saúde e para a saúde do bebê que você está gerando - é também importantíssimo para a preservação do nosso planeta. Consumir estes produtos promove o crescimento de uma indústria sustentável e ecologicamente correta - e todos nós temos a obrigação de promover isto não é ?
Por Dra. Aline Forattini 15 de junho de 2019
f"Doutora, até quando podemos aguardar o bebê nascer ?" Esta é uma pergunta que recebo muito no consultório. O medo do "bebê passar da hora" é muito comum entre as brasileiras, então vamos aos fatos! Uma gestação normal pode durar entre 37 e 42 semanas, sendo que a partir de 39 semanas que classificamos o bebê como à termo a partir de 39 semanas. Salve casos de alto risco, aguardar um trabalho de parto espontâneo até 42 semanas em uma gestação de risco habitual é o recomendado pela Sociedade Americana de Obstetrícia e Ginecologia (ACOG). E quando que o parto ocorre: Segundo ACOG, 60 % das gestantes entram em trabalho de parto entre 39 e 41 semanas de gestação, sendo que 30 % dos partos ocorrem na 40° semana e 15 % ocorrem entre 41 e 42 semanas O que isto significa? Que temos que esperar, ter paciência, relaxar rsrs. Saber se está encaixado, se já tem alguma dilatação, se a barriga está alta ou baixa....nada disso vai predizer quando que o parto irá ocorrer😪😪. A hora do bebê só ele decide Como ❓ Existe a teoria do "relógio placentário" - ela defende que a hora do parto é determinada principalmente pela placenta. Ela é a responsável pela liberação de Fator liberador de corticotropina placentaria que por sua vez, atua estimulando a liberação de cortisol fetal e permite uma melhor ação da oxitocina, prostaglandinas e catecolaminas 🤓🤓📚📚. E para as ansiosas de plantão? E para àquelas que querem uma ajudinha na reta final para fugir da indução medicamentosa?? - Atividade sexual (desde que não contra-indicada), atividade física 🏊‍♀️🚴‍♀️🤸‍♀️🤾‍♀️, acupuntura e outras coisinhas mais 💖.
Por Dra. Aline 24 de janeiro de 2019
Quando pensamos em engravidar logo pensamos que basta parar - parar o anticoncepcional, a camisinha, o diu. Basta parar não? Afinal, todas nós já ouvimos falar da mulher que engravidou usando pílula, aquela que engravidou com a camisinha furada, aquela que até usou a pílula do dia seguinte e mesmo assim teve um Beta HCG positivo. Mas na verdade, a chance de uma mulher jovem (menor que 35 anos) que tem relação sexual no período fértil de engravidar é de apenas 20 %. Ao longo de um ano esta chance aumenta para 80 %. Por isto, a depender da sua idade, é perfeitamente normal que a tão sonhada gestação demore 2, 3, 4 meses....e tudo bem! Quando então precisamos nos preocupar? Se você tem até 34 anos de idade, podemos esperar 1 ano, com até 38 anos vamos esperar 6 meses, e com mais de 40 anos vamos esperar até 3 meses aproximadamente. Passou este tempo ou até, se você estiver preocupada e desejar um avaliação mais cedo, o ideal é procurar um médico especialista, você mulher e o seu parceiro. Inicialmente a avaliação consiste em um questionário bem feito e extremamente detalhado para então partirmos para os exames complementares. Existem aqueles que serão realizadas por todas e outros que serão específicos para determinado caso. Entre os fatores que influenciam a saúde reprodutiva do casal podemos citar: - Hábitos e estilo de vida - Idade da mulher -Nutrição - Tempo de infertilidade - Meio ambiente (exposição a substâncias tóxicas) - Histórico médico do casal (diagnóstico de doenças) - Causas genéticas Veja que a questão saúde é extremamente importante. Tabagismo, obesidade, sedentarismo, dieta pobre em vitaminas e oligoelementos essenciais prejudicam a capacidade de engravidar e dificultam uma gestação saudável de seguir adiante. Recomendo que todas as mulheres que desejam engravidar passam por uma avaliação médica, a maioria dos exames que são feitos para avaliar causas de infertilidade podem ser feitos antes mesmo de termos este diagnóstico. Isto irá garantir uma gestação mais saudável e também vai proporcionar uma maior tranquilidade para o casal. Exames feitos, vitaminas tomadas, saúde em dia... assim a tentativa de engravidar está liberada :)
Por Aline Forattini 13 de dezembro de 2018
O risco de uma mulher jovem ter uma trombose venosa profunda (TVP) é extremamente pequeno: são 5 - 10 casos a cada 10.000 pessoas/ano. Mulheres que utilizam anticoncepcional oral combinado (estrogênio + progesterona) tem um risco maior, mas a incidência da doença continua baixa (8 - 10 casos a cada 10.000 pessoas/ano). Costumo brincar que o seu risco de TVP é maior na gravidez e no puerpério do que após 10 anos de uso da pílula. . Mas isto não significa que a pílula combinada seja um método para todas, e se você está preocupada com este efeito colateral procure um médico para conversar 😊 . A Organização Mundial de Saúde publicou em 2015 critérios de elegibilidade para uso de hormônios. Entre as contra-indicações absolutas podemos citar: tabagismo (fumantes de mais de 15 cigarros/dia com mais de 35 anos de idade); hipertensão e diabetes mal-controladas, história pessoal de trombose, mutações trombogênicas conhecidas, doença valvar cardíaca complicada e adenoma hepático . Podendo usar a pílula mas ainda preocupada - vamos lançar mão de uma progesterona mais androgênica, que teoricamente teria um risco de TVP menor que as anti-androgênica... . O importante é você estar satisfeita e tranquila com o método que foi escolhido por você 😉. Nós médico estamos aqui para orientar e apoiar 😘 
Por Aline Forattini 16 de junho de 2018
Exterogestação Termo e conceito criado pelo Antropólogo Ashley Montagu, a teoria da exterogestação defende que a gravidez não dura apenas 9 meses e sim 12 – ainda que último trimestre aconteça fora da barriga da mãe. A implicação disto é que os pais devem se esforçar para criar um ambiente que simule ao máximo a vida intra-uterina, ajudando o bebê a passar pela transição útero-meio ambiente de forma harmoniosa possível. “O bebê nasce absolutamente dependente. Ele não enxerga, não fala, não escuta, não anda, não senta, não sustenta a cabeça, não se relaciona. Por um período, depois do parto e enquanto se desenvolve, ainda precisa ter mais apoio, o que seria a continuidade da gestação, mas fora do útero”. Práticas da exterogestaçao Promover proximidade entre mãe e bebê: usar sling, dar colo, contato durante o sono, embalar na forma de “charutinho”, berço mais compacto. Ambientes calmos, pouca luz - Um bebê entendo excesso de barulho e luz branca como estresse. Neles, assim como nos adultos, o estresse cursa com agitação e falta de sono. Sons que imitam o ambiente intra-útero - white noise, o “shhhh-shhhh-shhhhhh” da vovó, do papai… Alimentação (leite materno idealmente) em livre demanda Os principais envolvidos no processo da exterogestação são a mãe e o bebê. O mais importante para tornar a transição mais tranquila tanto para um quanto para o outro é o contato entre eles. Ambos precisam estar próximos e aproveitar o tempo juntos para se conhecer. Embora exija um pouco mais de paciência dos pais, é essencial respeitar o ritmo do bebê sem impor regras. Ele vai se adaptar ao novo mundo, mas dentro do seu próprio tempo e de acordo com as suas necessidades. Isto o deixará mais confiante para “crescer” e teremos adultos mais saudáveis emocional e psicologicamente. Grande Abraço! Dra. Aline
Por Aline Forattini 16 de junho de 2018
É o clímax de toda a gestação. Ele vai trazer para os seus braços um ser tão amado, tão esperado: o seu filho. O parto é místico, desconhecido, as vezes pouco compreendido. E é justamente por isso que ele é muitas vezes temido. Como que ele vai ser? O que vai acontecer?? Trazer o seu filho a este mundo é uma das mais maravilhosas experiências que se pode vivenciar. Ser mulher é realmente um privilégio, tenho certeza que você saberá isto assim que a sua hora chegar. Todo parto comigo carrega com ele a palavra "humanizado". Mas o que afinal, carregar esta palavra significa?? O termo “humanizado” tem como objetivo descrever um parto controlado pela mulher. Um cenário onde ela é a figura principal e os seus desejos são respeitados. Cria-se um ambiente acolhedor para a família receber o seu mais novo integrante de forma respeitosa, digna e carinhosa. Ter ao seu lado profissionais que respeitam seus desejos, te passam confiança e caminham junto com você não tem preço. Venha conhecer :)
Por Aline Forattini 16 de junho de 2018
O Ministério da Saúde define uma Gestação de Alto Risco como “aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido têm maiores chances de serem atingidas que as da média da população considerada”. Na hora de classificarmos a gestante como sendo de alto risco ou não avaliamos os seguintes fatores: condições pessoais e sócio-demográficas desfavoráveis; história gestacional anterior, doenças clínicas pré-existentes, exposição a fatores teratogênicos, doenças obstétricas na gestação atual e intercorrências clínicas na gestação atual. Fica claro então que o diagnóstico de Alto Risco pode ser dado antes ou durante a gestação, exigindo vigilância constante por parte do médico responsável pelo acompanhamento da gestante. O tipo de acompanhamento vai depender do diagnóstico da paciente. Em alguns casos basta um acompanhamento mais de perto, com consultas mais frequentes; em outras precisamos lançar mão de exames mais sofisticados e consultas com médicos especialistas e equipe multi-disciplinar. A seguir exemplos de situações definidoras de gestação de alto risco: 1. Características individuais e condições sociodemográficas desfavoráveis: - Idade maior que 35 anos; - Idade menor que 15 anos ou menarca há menos de 2 anos; - Altura menor que 1,45m; - Peso pré-gestacional menor que 45kg e maior que 75kg (IMC<19 e IMC>30); - Anormalidades estruturais nos órgãos reprodutivos; - Situação conjugal insegura; - Conflitos familiares; - Baixa escolaridade; - Condições ambientais desfavoráveis; - Dependência de drogas lícitas ou ilícitas; - Hábitos de vida – fumo e álcool; - Exposição a riscos ocupacionais: esforço físico, carga horária, rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos nocivos, estresse 2. História reprodutiva anterior: - Abortamento habitual; - Morte perinatal explicada e inexplicada; - História de recém-nascido com crescimento restrito ou malformado; - Parto pré-termo anterior; - Esterilidade/infertilidade; - Intervalo interpartal menor que dois anos ou maior que cinco anos; - Nuliparidade e grande multiparidade; - Síndrome hemorrágica ou hipertensiva; - Diabetes gestacional; - Cirurgia uterina anterior (incluindo duas ou mais cesáreas anteriores). 3. Condições clínicas preexistentes: - Hipertensão arterial; - Cardiopatias; - Pneumopatias; - Nefropatias; - Endocrinopatias (principalmente diabetes e tireoidopatias); - Hemopatias; - Epilepsia; - Doenças infecciosas ; - Doenças autoimunes; - Ginecopatias; - Neoplasias. 4. Exposição indevida ou acidental a fatores teratogênicos. 5. Doença obstétrica na gravidez atual: - Desvio quanto ao crescimento uterino, número de fetos e volume de líquido amniótico; - Trabalho de parto prematuro e gravidez prolongada (Idade Gestacional superior a 40 semanas); - Ganho ponderal inadequado; - Pré-eclâmpsia e eclâmpsia; - Diabetes gestacional; - Amniorrexe prematura; - Hemorragias da gestação; - Insuficiência istmo-cervical; - Aloimunização; - Óbito fetal. 6. Intercorrências clínicas: - Doenças infectocontagiosas vividas durante a presente gestação (ITU, doenças do trato respiratório, rubéola, toxoplasmose ); - Doenças clínicas diagnosticadas pela primeira vez nessa gestação (cardiopatias, endocrinopatias). Você se enquadra? Caso precise de alguma informação entre em contato conosco; estamos aqui para ajudar! Um grande abraço! Dra. Aline
Por Aline Forattini 15 de junho de 2018
Mastalgia é o termo técnico para dor nas mamas. Estudos epidemiológicos afirmam que até 80% das mulheres terão algum grau de mastalgia ao londo de suas vidas, sendo mais comum durante a fase reprodutiva, e menos comum na pré e pós-menopausa. Entre as mulheres que apresentam dor nas mamas, a minoria terão diagnóstico de câncer de mama já que menos de 2 % dos casos de câncer causam dor. A mastalgia pode ser classificada em acíclica (quando não relacionada ao ciclo menstrual) ou cíclica (quando estiver associada ao ciclo menstrual). A mastalgia cíclica é geralmente caracterizada como uma dor "em pontada", acometendo ambas as mamas (principalmente quadrantes super-laterais - local onde há maior concentração de glândula mamária) e pode ocorre durante a ovulação ou no final da segunda fase do ciclo menstrual, tipicamente melhora após a menstruação. Em casos mais graves e raros a dor permanece durante todo o ciclo menstrual. Acredita-se que esta dor está relacionada a um desequilíbrio entre os hormônios estrogênio e progesterona, e o seu consequente aumento dos níveis de prolactina no final do ciclo menstrual. Já a mastalgia acíclica tem como principal característica a não associação ao ciclo menstrual. Ela tende a ser uma dor bem localizada, as vezes irradia para outras localizações e geralmente não é recorrente. As causas são diversas, sendo as principais listadas a seguir: - excesso de tecido mamário - nódulos e/ou cistos mamários - cirurgia mamária prévia - trauma -inflamação/infecção -ectasia ductal -síndrome de Mondor (tromboflebite) - medicamentos (hormônios, anti-depressivos, anti-hipertensivos, ansiolíticos, antimicrobianos) Toda paciente com mastalgia deve procurar atendimento médico para uma avaliação adequada. Após anamnese e exame físico detalhados será avaliado a necessidade de exames complementares. O tratamento baseia-se no diagnóstico e é bastante variado. Podemos lançar mão de analgésicos, anti-inflamatórios, alteração do uso de hormônios e orientar uso de sutiãs adequados SEMPRE (tamanho adequado, com alças confortáveis; tops adequados para atividade física; no caso de mamas volumosas, considerar o uso de tops confortáveis para dormir). O uso de Vitamina E, ácido linoleico (óleo de prímula) e a diminuição do consumo de cafeína são medidas com eficácia duvidosa mas valiosas para muitas mulheres. Em casos severos o uso de tamoxifeno e danozol pode ser considerado, mas às custas de diversos efeitos-colaterais. Na maioria vezes a mastalgia é um evento transitório e que responde muito bem aos ajustes do material de apoio às mamas (uso de sutiãs e tops adequados para cada tipo de mama). :)
Por Aline Forattini 30 de maio de 2018
Fiz 35 anos, preciso fazer exames de mama? Recebo muitas pacientes no consultório que fizeram ou que querem fazer um exame para avaliar as mamas. Mas qual é o exame que precisa ser feito? Quando que ele precisa ser feito? E de quanto em quanto tempo? 🤔🤔🤔 Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, as mulheres brasileiras ditas "normais" (não consideradas de alto risco para Câncer de Mama) devem iniciar exames de rastreio aos 40 anos de idade. Exame de rastreio é qualquer um que tem como objetivo diagnosticar uma doença ainda na fase inicial, ainda em tempo de conseguirmos tratar e curar a paciente. ❎ O exame: Mamografia ❎Intervalo entre os exames: 1 ano "Mas e se eu for alto risco?" "E se eu tiver um nódulo, ou vários nódulos?" "E se eu tiver prótese?" Calma....respira...rsrs Particularidades existem. Não somos receitas de bolo (a complexidade feminina é sensasional 😅😅), dentro na medicina 'nem sempre, nem nunca'. É pra isso que serve o seu médico. Bata um papo com ele...não deixe de fazer algo tão importante para você! Afinal, você merece
Por Aline Forattini 30 de maio de 2018
A presença de um nódulo (caroço) na mama é uma queixa bastante comum no consultório médico. Vamos esclarecer alguns pontos ?? . 📍Senti um nódulo, o que fazer? - Procure um Mastologista (médico especialista) . 📍É câncer? - Não necessariamente. Na maioria das vezes é um doença benigna . 📍Como saber a diferença? - Bom, diante de uma queixa de nódulo na mama o seu médico irá iniciar com uma série de perguntas - "quando que surgiu? Ele cresceu? Tem alguma coisa a mais associada? Ele doi? Tem história de câncer na família?" - ele vai te examinar e provavelmente solicitar um exame de imagem (ultrassom ou mamografia). Com o exame de imagem em mãos é possível ter uma idéia se o nódulo é ou não maligno (câncer). Para ter certeza precisamos fazer uma biópsia . 📍Todo nódulo precisa de uma biópsia? - Não. Cada caso é um caso. Converse com o seu médico, tire as suas dúvidas, leia sobre tudo! 📘📘 E viva a medicina individualizada 😉